A Morte do Ator Global
Bom dia meus amigos leitores deste nosso espaço de encontro virtual.
Hoje, vou escrever sobre um assunto delicado, falarei sobre a "MORTE" e quero saber sua opinião.
Todo ser humano, em sua suprema "sapiência", se prepara para tudo em sua vida, menos para a "morte". Não sei qual o motivo de tanto medo da "senhora da foice". Quando nascemos, todos, indistintamente, independente da cor, do sexo, do credo, da nacionalidade, enfim, não importa, todos, sem exceção, iremos passar por este processo de "falecimento".
O que me causa estranheza, é o "estardalhaço" que acontece nas redes e nas demais mídias sociais e nos meios de comunicação. Em meu ponto de vista mais "simplório", a morte não passa de um "mal" necessário, senão vejamos:
Como seria as nossas vidas se nós apenas envelhecêssemos, apenas íamos ficando velhos, fracos e sem mais condições de ter ações próprias, na mais completa "dependência" dos nossos semelhantes. Evidentemente que no início, todos se "apiedam" e procuram fazer o melhor para lhe ajudar naquele primeiro instante, nos primeiros meses e, depois, bem, depois, às pessoas ao seu "derredor", possuem vida própria e precisam realizar às suas ações pessoais, profissionais e, até mesmos suas ações sociais.
Suponhamos, que em uma família composta de três (03) pessoas, dois adultos e uma criança, aconteça uma fatalidade de "acidente" com um dos adultos.
Pronto, a vida dessa família já entrou em rota de "colisão" com a realidade a ser vivida doravante. Nada mais naquela família será igual, ainda mais, se essa família for dependente dos programas sociais, tipo "bolsa Família" ou até mesmo não e possuir pequenas "posses" financeiras.
No início, tudo se fará para atender às necessidades da pessoa "acidentada", posteriormente se comprovou que ela não terá mais condições de realizar suas ações pessoais sozinha, se "resolver" só, até mesmo em suas necessidades físicas, pronto, aí se iniciam os problemas da família. Os que estão "bem", em perfeitas condições de locomoção na família, por certo se compadecem, fazem de tudo para atender às necessidades do "impossibilitado", até ai tudo bem. Vai-se passando os dias, os meses e a vida vai ficando mais difícil, tudo o que faziam, deixa de der realizado, às ações sociais, o dia-a-dia deixa de ser os mesmos, o adulto que cuida do "impossibilitado" e da criança, deixa de possuir vida própria e independente, começa a se sentir cansado (a), impotente, exausto e tudo começa a ficar mais enfadonho e cansativo, por mais boa vontade que se tenha a pessoa, por mais que ame a outra, por mais esforçado (a) que seja, um dia ela se desanima. Pode até não reclamar, más que desanima, isso é irremediavelmente certo.
Suas saídas pessoais, sua vida individual, seus compromissos, seu trabalho, enfim, sua vida deu um "giro" de trezentos e sessenta (360º) graus, para pior, nada de sair, nada de festas, vida social, bau, bau, tudo se acabou.
Más o ponto em que eu desejo chegar, ainda não é esse, vamos ao ponto.
Essa semana, "faleceu" um ator da Rede Globo, e a nação quase toda parou em torno desse "acidente" (natural). As redes sociais e os meios midiáticos não tinham outro assunto senão falar do acontecimento nefasto, chegou a incomodar. Ora, à todo instante falece pessoas aqui e nos demais lugares ao redor do mundo, aqui, ainda nem tanto, em Nova Iorque, morreram de uma "tacada" só, vinte e nove (29) pessoas, não se vê ninguém falando nada, ficam todos na "moita", na "surdina", se fazem de "mocos", ninguém se "INDIGNA" por qual motivo, será que a vida do ator global era mais importante que a vida dos demais viventes, dos demais seres humanos, mesmo que não brasileiros? Hipocrisia social, isso sim, uma hipocrisia social que está "implantada" em nossa alienada sociedade. Evidente que não queremos a morte de ninguém, más entendam, ontem também faleceu o seu Joaquim da Padaria, o seu Manoel do açougue, que inclusive, até lhe vendia "fiado" o senhor João do supermercado, o seu José, que era um excelente carpinteiro, a dona Mariquinha, aquela senhora simpática que lavava roupa para a população, para alimentar sua família, a dona Rosa, excelente costureira, enfim, faleceram diversas pessoas da nossa sociedade, do nosso cotidiano e ninguém fala nada, às redes sociais não estão nem ai, os meios de comunicação, os comunicadores e tudo o mais estão com os valores invertidos. Esse "ator" global, não passa de mais um no dado "estatístico", na "baixa" do nosso cotidiano, apenas isso.
Precisamos deixar de sermos hipócritas "SOCIAIS" e verdadeiramente passarmos a sermos mais humanos com aquilo que está ao nosso redor e em volta do mundo em que vivemos. Todas às vidas são importantes. Não devemos nos ater somente aos famosos, aos mais "falados", eles nem sabem de nossa existência, e àqueles que são anônimos que dão suas vidas por uma sociedade e um mundo melhor, como ficam?
Chega, chega, chega, o "ator" e certos jogadores de futebol, que somente atuam e querem o "dinheiro" da população, sequer sabem que você existe, portanto, não me venha com "choraminguelas", com falsos sentimentos, deixemos a hipocrisia social de lado. Podemos até "viver" por algumas horas do dia no mundo "VIRTUAL", más em nossa vida, jamais se esqueçam, o que precisamos mesmos e viver no mundo "REAL".
Quero que você deixe o seu comentário, o que você pensa sobre isso, eu quero saber, não importa o que você irá escrever.
Jornalista
1.297-RO/BR.
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