Pois é, esta semana foi uma semana dos diabos para mim. Parece até que pisava em rastro de corno todos os dias quando me levantava.
Mas como não tem outra alternativa, o jeito é ir tocando a vida, como ela deve seguir. Lendo as matérias da semana, todas me chamaram à atenção, mas nenhuma tanto, quanto ao cancelamento dos Jogos Estudantis de Rondônia, o famoso JOER. Pois bem, críticas não faltaram ao governador, claro, com toda razão. Será?
Creio que não, as coisas quando estamos de fora, as vemos de uma maneira, quanto estamos no "olho do furacão" vemos de outra maneira. Não, não trabalho no governo não, não precipite seu pensamento, leia-me. (rsrsrrsrsrsrsr).
Quando árbitro de Futebol de Salão, hoje denominado "FUTSAL", atuei por mais de trinta anos neste segmento desportivo, tanto em Rondônia, como em São Paulo, onde comecei minha carreira, pela Federação Paulista, onde cheguei a muitos lugares no Brasil e exterior, arbitrando partidas, fáceis e outras nem tanto.
Aqui em Rondônia, por alguns anos, atuei nos JOERs, prestando serviços à Federação de Futsal de Rondônia.
O que está ocorrendo com os jogos deste ano (2011), já era para ter acontecido há muito tempo, era para ser suspenso para reestruturação do quadro de coordenadores e colaboradores do governo há muito. A desorganização impera neste evento, vou explicar-lhes porque:
1° - Não há estrutura do ESTADO para realização de evento desta magnitude;
2° - Os coordenadores até então, juntamente com os demais responsáveis pela organização, imaginam-se superiores a tudo e a todos, quando no exercício de suas funções/atribuições;
3° - Tratam mal os professores de educação/alunos/atletas e os prestadores de serviço que atuam como terceirizados para o evento;
4° - Os alunos/atletas não são tratados condignamente, passando inclusive por vexames, passíveis de denúncia na DPCA;
5° - Os alunos/atletas são transportados de forma calamitosa, em condições de que quando chegam aos locais de jogos, já chegam exaustos, sem quaisqueres confortos e condições de atuação desportiva;
6° - Nem local adequado para tomar água existe nos locais de realização das competições;
7° - Vestiário é artigo de luxo para os atletas e profissionais que vão prestar serviços, as acomodações são acanhadas, medíocres e pouco confortáveis, não têem o mínimo de condições, quando os tem;
8° - Os alunos/atletas, sequer possuem equipamentos adequados (UNIFORMES COMPLETOS) para a prática do esporte no qual vão atuar;
9° - Quando terminam as competições (partidas), os alunos/atletas são obrigados a ficarem na espera de transporte, que chegam a demorar mais de uma hora para transportá-los de volta ao seu local de orígem;
10 - Alunos/atletas, às vezes contam com a benevolência de alguns dos professores de educação física, os mais abnegados, é claro, que os transportam em seus veículos próprios, para que não cheguem atrasados aos jogos, pois há certa tolerância de atraso;
11 - Já presenciei uma professora transportar mais de onze alunos/atletas em seu veículo, para não perder a partida por WO (ausencia da equipe);
12 - Por fim, eu teria mais de vinte ítens para dizer aqui, da razão pela qual, concordo plenamento com o governador Confúcio Aires Moura, em CANCELAR os jogos deste ano (2011).
Claro que não é legal, fica a expectativa do ano que vem. Mas realmente necessitava deste "choque" educacional, não para os alunos/atletas, mas para os profissionais que elaboraram este evento tão importante e repito, de tamanha magnitude para Rondônia, que recebem do dinheiro público, para realizarem bem feito. De acordo com o que andei acompanhando no noticiário desta semana, o processo licitatório havia muitos absurdos, coisas que não condiziam com a realidade do evento, vou citar-lhes uma só: havia um pedido de compra de bola, mas só se fosse da CBF, pode uma aberração destas? Alguém estava de brincadeira com a inteligência dos componentes do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia.
Pois bem, para finalizar, vou dizer-lhes a razão de minha parada na arbitragem, todo árbitro faz porque gosta e porquê também defende algum dindim e, é a profissão mais ingrata, é o profissional que não pode ter só uma mãe, senão ela fica mal falada, cai na boca da "galera" não importa para qual equipe.
Nos últimos JOERs, foram realizadas coisas que até Deus duvida, corre a "bocas largas", que os orçamentos eram assim;
Iriam ser, vamos dizer, mil (1.000) jogos de FUTSAL (supostamente), na planilha apresentada constava, vamos dizer cinco (5.000) mil jogos, isto só em um dos ítens da planilha, aí começava a "lambança", no final, ninguém sabia quem estava levando vantagem ou não. Sei apenas, que eu e muitos outros ficamos sem receber pelos serviços prestados à federação, pois o processo foi parar no Ministério Público, e até hoje, vive adormecido em uma gaveta ou prateleira qualquer do sintuoso prédio azul do Bairro das Pedrinhas.
Por esta razão é que sou totalmente favorável ao cancelamento deste JOER 2.011, seja feita uma reestruturação da SECEL, e averiguação nos processos dos últimos cinco (05) anos de jogos, e que sejam penalizados quem "furtou" os cofres do Estado, enfim, sejam trocados todos, sem excessão, de cabo a rabo, é simples fazer este evento, não é bicho de sete cabeças não, afinal, é difícil para quem não tem dinheiro nem estrutura, o que não é o caso do governo do Estado, quando se disponibiliza dinheiro, como creio que o governador Confúcio, que o conheço pessoalmente, ano que vem, vendo que o evento é sério, vai disponibilizar, com ceteza teremos um dos maiores eventos da história da Nova Rondônia.
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