PORQUÊ
OS CONCORRENTES À PREFEITURA DE PORTO VELHO/RONDÔNIA NÃO CHEGARAM AO SEGUNDO TURNO NESTAS ELEIÇÕES.
Passou-se
o momento das definições na primeira fase de classificação da eleição desse ano
(2016) e com ela a decepção de muitos dos
concorrentes em relação ao eleitorado e vice e versa.
Más
afinal, o que aconteceu com os outros candidatos, Pimenta de
Rondônia, Ribamar Araújo, Roberto Sobrinho, Mauro Nazif e Williames Pimentel?
Depois
de muitos e longos anos militando na política, ora como
"formiguinha", ora como colador de "lambe-lambe", como
motorista, como distribuidor de material no comitê de campanha, ora como
orientador dos trabalhos de equipe (coordenador), ora como responsável pelo
registro de candidaturas, por fim, como coordenador geral de campanhas
eleitorais em diversas eleições, de vereador a senador da república, nos faz
dizer com certa segurança, que as falhas que estão sendo cometidas nas atuais
campanhas, em especial à desse ano, são primárias, muito amadoras e, certamente
trouxe muitos dissabores para os candidatos e para às suas equipes, que movidas
pela "PAIXÃO", não observaram fatores preponderantes que levaram os
candidatos a passarem o maior "VEXAME", como foi o caso dos listados
acima, que embora com muitos conhecimentos da política e com às
"burras" cheias de dinheiro, amargaram uma derrota memorável que
talvez, sequer tenham forças para encarar nova empreitada na próxima eleição
(2018).
Quando
um candidato vence uma eleição, seja ela a qual nível for, todos certamente
remetem os "louros" e "glórias" para ele. Quando ele entra
em desgraça na campanha, quem perde não é o candidato, más sim, os seus
colaboradores, da função mais simples ao coordenador geral da sua campanha, que
não tiveram a perspicácia e nem a humildade que todos devemos ter, para
pararmos e rever os "rumos" que foram tomados até aquele momento da
campanha.
O
nome da postagem em tela, nos remete a refletir o que deveras
aconteceu e, em sendo ainda possível, tentar "remediar" os males e
danos causados aos candidatos, dando-lhes oportunidade para que possam, em
querendo e se for ao encontro de seus desejos, disputar a próxima eleição, seja
para presidente da república, para senador, para deputado federal, para
governador ou ainda para deputado estadual, todos os disputantes que não
chegaram lá, sem dúvida reúne às condições para tal empreitada, respeitado é
evidente as condições financeiras, políticas e legais de cada um deles. Todos
os cidadãos que estão no uso de seus direitos políticos podem e devem concorrer
a cargo eletivo.
Pois bem, por que eles não chegaram ao segundo turno?
Iniciemos
por PIMENTA DE
RONDÔNIA, evidente que entre todos os demais, ele era o que menos
conhecimento e condições tinha de ser alçado ao segundo turno. Tudo em razão de
uma avalanche de fatores que contribuíram para tal, como por exemplo; não sabe
falar, sua humildade em relação ao se dirigir aos eleitores, o desconhecimento
do básico das necessidades da cidade, sem grupo que o apoie politicamente,
interna e externamente no partido, sem condições financeiras mínimas,
conhecimentos diminutos de fala e postura junto aos meios de comunicação, ficando
por aqui para não estender muito. Ele, sem chance de disputa nas próximas
eleições. Talvez, seja melhor administrar sua vida e realizar uma preparação
mais adequada para tentar disputar uma cadeira à câmara municipal em uma cidade
com menos problemas e de menor porte. Muito fraco hoje para tentar disputar
algum cargo.
RIBAMAR ARAÚJO, candidato já veterano, atuou como
vereador, secretário municipal, três vezes deputado estadual foi afiliado ao PT
por onze (11) anos, hoje está no PR. Portanto, o candidato tem profundos conhecimentos
do caminho político, porém, pecou em sua "honestidade" demasiada,
tentando transmitir ao eleitor coisa que só ele acredita e que os eleitores
pensam totalmente ao contrário. Sua equipe de trabalho era
"diminuta", tímida e não tinham condições de trabalho adequadas, não
possuíam o entusiasmo necessário para levar e contagiar o eleitor. Uma campanha
cheia de muitas "falácias" e pouco conteúdo. Quando tinha condições
de fazer um bom trabalho como secretário municipal, apenas "arrumou"
alguns grupos pequenos de agricultores em associações sem expressão e ficou
sozinho no meio do caminho. Dificilmente disputará eleição para cargos mais
elevados. Ele só tem os votos fixos que no máximo o elegem ao cargo em que se
encontra hoje.
ROBERTO SOBRINHO, esse, fica difícil falar alguma coisa
sobre ele. Sua trajetória política quando prefeito da capital foi meteórica,
primeiro mandato excelente, irretocável, teve de tudo para passar para a
história de Porto Velho/Rondônia, podendo chegar à cargos mais elevados, optou
por cair em "desgraça", ao apagar das luzes de seu segundo (2º) mandato,
saiu "algemado" para a delegacia. Tentou esse ano a disputa da
prefeitura com uma "cara de pau" sem tamanho. Imaginando que os
eleitores ainda estão nas décadas de setenta (70) ou oitenta (80), onde às
informações chegavam no lombo dos "burros". Teve uma complacência
imensa da Justiça Eleitoral, que acovardou-se em não indeferir de plano o seu
pedido de registro de candidatura, pois essa mesma Justiça, de ante mão já
sabia que ele não seria candidato, em razão das condenações que o mesmo já
acumulava, devendo ainda virem mais outras, prefeito uma vez, problemas para
sempre. Essa atitude da Justiça Eleitoral, alimentou a "máquina" que
elege seus mandatários e induziu muitos ao erro na escolha de dar seus votos a
um candidato inelegível, atrapalhando sensivelmente o processo eleitoral, que
poderia ser decidido até mesmo no primeiro turno. Bem, oxalá tenham aprendido
mais essa lição de que o povo sabe votar sim.
MAURO NAZIF, pudemos observar que o mandato de um
deputado é bem diferente do mandato de um "EXECUTIVO". O mandato de
um deputado federal ou estadual, não tem compromisso algum de realizar serviço
nenhum, apenas o trabalho de legislar e fazer o que a própria população faz,
"PEDIR". Isso mesmo, os legislativos somente têm o poder de pedir ou
"barganhar" com o executivo, nada além disso. Foi o caso do atual
prefeito. Ele quando deputado, sem dúvida foi um bom deputado, quando chegou ao
"EXECUTIVO", se viu igual ao cachorro que corre atrás de um carro,
quando o alcança, não sabe o que fazer. Isso foi o que aconteceu com o atual
prefeito o Dr. Mauro Nazif. Meteu os pés pelas mãos e ficou somente no
"cochilo" e na fala "mole", sua característica mais
marcante. Quando acordou, já "era", não dava mais tempo para fazer
nada, ficou pelo meio do caminho e, pior ainda, corre rumores, que também ao
apagar das luzes de seu mandato, poderá terminar como o seu antecessor, o que
seja, uma pena, se a saúde já vai mal das "pernas", vamos perder mais
um profissional nos postos de saúde da capital.
WILLIAMES PIMENTEL, sua campanha deu início à uma nova
forma de se fazer política. Suas propostas foram às mais factíveis e com
possibilidades de serem realizadas à médio e longo prazo, com reais benefícios
à população. Porém, ao longo de seus trinta e oito (38) anos de vida pública,
sempre exercendo cargos/funções de confiança, lhe deram a "pecha" de
"DURÃO" entre os seus colegas de trabalho e os seus subordinados
imediatos, que se não "lerem" o bê-á-bá como deve ser lido, são
cobrados à exaustão, o que não deixa de ser uma excelente qualidade como
gestor, más que também, faz com que "angarie" muitos
"inimigos" políticos. Sua campanha foi marcada por muitos altos e
baixos, embora tenha tido o total apoio do senhor governador Confúcio Moura
(PMDB - 15), por outro lado, sua "equipe" de campanha, como se diz, jogou
tudo fora. À arrogância de seu "COORDENADOR GERAL", fez com que muitos
aliados fossem saindo aos poucos da campanha. Os aliados de primeira hora,
àqueles que realmente queriam ver o Pimentel em "alta" e bem sucedido, foram
relegados a planos secundários e, sequer podiam chegar próximo ao candidato,
pois eram "escorraçados" por pessoas que não possuem o
"traquejo" no trato com a política.
Poderíamos citar aqui vários
nomes, más, como a "banda" já passou, melhor deixar que eles próprios
avaliem o mal que fizeram ao candidato. Ser companheiro em uma campanha
eleitoral é uma coisa, ser "PUXA SACO" e baba ovo é coisa totalmente diferente,
não coaduna com o andar da "carruagem" política. Que essa campanha
sirva de lição não somente ao Pimentel, más para todos os que almejam disputar
uma eleição. Eleição hoje é coisa séria, não é mais como antes que os
"interessados" se "aventuravam" na disputa e às vezes dava
certo. Campanha eleitoral hoje tem de ser profissionalizada, pé no chão,
honestidade com o eleitor, falar olho no olho e, acima de tudo, ter a coragem
de dizer não e mostrar o que realmente pode ou não ser feito em uma prefeitura,
em um governo do estado ou mesmo na presidência da república.
Administrar
uma cidade como Porto Velho/Rondônia, não é "empreitada" fácil. Os
problemas que herdamos dos prefeitos e vereadores anteriores e atuais, obrigam
o "executivo" e o "legislativo" a trabalharem em sintonia e
fazer com que às coisas aconteçam o quanto antes, pois já não dá mais para
esperar que daqui a três (3 e 1/2) anos e meio, o prefeito comece a tentar
fazer algo em benefício da coletividade.
Pedro Francisco
Jornalista
1.297-RO/BR