Boa tarde.
PLANEJAR
É FUNDAMENTAL
Continuando com
nossas publicações sobre a política, políticos e campanha eleitoral em dois mil
e dezesseis (2016), vamos para mais algumas considerações, que poderão auxiliar
ou mesmo fazer com que os pré candidatos à prefeito ou à vereadores se sintam
mais confortáveis para realizarem suas campanhas. Não quero aqui, dizer que
estas minhas escritas são às mais corretas, elas fazem parte de um
"aprendizado" que tive ao longo de muitos anos de militância política,
presidência e secretaria em diretório municipal, chefia de gabinete em
prefeitura, coordenação de campanha de senadores, governadores, deputados
estaduais, deputados federais, prefeitos diversos e, até mesmo de alguns
vereadores, por esse mundo de meu Deus.
Pois bem, cada
eleição é uma eleição. Nenhuma é igual a outra, inimaginável ver uma eleição
como às que hoje temos, se comparadas à eleições de décadas ou anos anteriores.
São totalmente diferentes. Quando um candidato se dispõe a disputar uma
eleição, geralmente, ouve-se muito este comentário:
"Eu vou me aventurar na Política".
Hoje, é um
"tremendo" erro ou mesmo um "engano" que quem pensa dessa forma, tenta
disputar um cargo eletivo. A Política, hoje, não dá mais para ser vista como
uma "AVENTURA". à cada dia que passa,
ela é uma atividade, um "ofício" que
requer muito estudo, afinco, dedicação e, acima de tudo, muita perspicácia,
para "ler" nas "entrelinhas", o que está acontecendo no meio
político municipal, estadual e até mesmo nacional, interpretando o texto com
muita seriedade e coerência para exercer essa modalidade de prestação de
"serviço público", se o candidato quiser mesmo chegar ao
"cume" da montanha que ele idealizou para si e para os seus
representados em geral.
Planejar uma
"campanha" é fundamental.
Cada profissão tem a
sua característica e isso, também, vale para o exercício da Política. Para se
iniciar uma campanha, o candidato necessita de muita condição física e possuir
uma excelente saúde, para que no decorrer do tempo da campanha, tempo que hoje
é reduzido à quarenta e cinco (45) longos dias. É necessário aperfeiçoar-se,
treinar para dar entrevistas, para aproveitar ao máximo os momentos de
exposição frente à câmaras, mídias, enfim, tudo tem de ser aproveitado ao seu
favor. É imperativo planejar sua campanha, avaliando as possibilidades,
recursos financeiros, de família, de pessoal de apoio e traçar suas metas,
focar-se no que realmente interessa, sua campanha. O candidato tem que definir
a estratégia para sua campanha, deixando sempre um plano "B", para
qualquer eventualidade que vá de encontro ao planejado. Começar pela escolha de
seus assessores e não "acessores", seu
representante jurídico, seu contabilista, administrar da melhor maneira
possível a equipe de campanha e, com certeza precisará de auxílio bem
especializado, ao menos nos setores que maiores impactos causam na sua maneira
de trabalhar, para que tenha bons resultados.
Eu lhe pergunto: você
será um candidato de "nicho" ou um concorrente de "gatos"
pingados? Ou seja, você pretende ser eleito com votos de agentes de saúde, dos
professores, dos médicos ou defenderá uma "ideologia" ou uma
"bandeira"? Esta definição inicial não é, em regra,
uma questão de escolha, porém, é uma questão
de avaliar corretamente o seu retrato, o seu perfil político. se você é mais
conhecido em Fortaleza do Abunã, em Porto Velho/Rondônia, ali estarão os seus
possíveis eleitores, que poderão se "transformar" em votos para sua
eleição, más isso, não quer dizer, que sua eleição está garantida naquele lugar,
você terá de ir onde houver a mínima possibilidade de ter um voto. Não importa,
se naquela linha, fincada no meio do mato, existe apenas uma família com um,
dois, três ou mais eleitores na casa, você poderá deixar de ser eleito por não
haver ido naquela linha. Entenda uma coisa: "quem
perde a eleição por um (01) voto, é a mesma coisa de quem perde por um milhão
(1.000.000) de votos", a perda é a mesma.
No planejamento de
sua campanha é o momento e a hora de saber seus pontos fortes e fracos e
conhecer os anseios e necessidades do eleitorado. Isso se faz com pesquisas (no caso de cargos
majoritários), para os cargos legislativos, isso de pesquisa não
conta muito, pois depende muito da região em que a "enquete" e por
quem ela é realizada, no caso de vereadores, não passa de "desperdício" de dinheiro, que poderia ser utilizado de maneira mais útil em sua campanha.
Depois disso, trate de "definir" sua bandeira
de lutas, deixar bem "cristalino", em nome do que e de quem você é
candidato e por qual motivo você quer ser eleito. Tendo uma plataforma, ideias e propostas
concretas, realizáveis e factíveis a serem defendidas, ai sim, você já tem o
"preâmbulo" para começar a "correr" atrás dos votos que o
levarão ao que você se predispôs, ser candidato.
Em tempos mais remotos,
uma campanha nascia da simples "intenção" do candidato. Chegou até à
haver uns "GÊNIOS" políticos, que implantaram técnicas de
"MARKETING" e com elas, até chegaram a fazer sucesso. Hoje em nosso
país, o "MARKETING", em especial o político, se profissionalizou e,
até mesmo, conseguem definir uma eleição, com um simples "mote", uma
simples palavra, enfim, existe "criatividade de todos os tipos, até mesmo com algumas "invencionices". Isso, se aplica, aqui também, mais nos cargos
majoritários (presidente, governadores e prefeitos).
É muito importante
para um candidato, saber escolher sua equipe de trabalho. Depois de iniciada
uma campanha, seja ela, majoritária ou proporcional, depois de envolvido o
"corpo" na busca pelo voto, aí se iniciam viagens, palestras,
almoços, jantares, visitas em casa de parentes, vizinhos, amigos, feiras
livres, shows e todos os tipos de eventos onde possa comparecer, sem que, no entanto,
cometa crime eleitoral, isso é muito importante. Hoje, na era da
"globalização" e da facilidade de se ter um aparelho celular mais
"sofisticado", todo o cuidado é pouco, tem-se de estar sempre com a
"lâmpada" amarela acesa, pois poderá cair em um crime eleitoral e ser
multado em uma soma elevada, ai, bem, ai sua campanha já foi para o "brejo", pois os recursos hoje, são controlados sob a luz da "lupa" e, às sanções são pesadíssimas .
Não é difícil. Em
primeiro lugar, não se impressione com nomes de seus profissionais contratados,
de quais campanhas eleitorais eles participaram e quais foram os seus
resultados finais nas respectivas campanhas. Afinal de contas, quem perde a
eleição ou quem sai vencedor dela é o PRÓPRIO CANDIDATO, não os seus assessores
ou os que lhe prestaram um serviço remunerado ou não. Más perder uma eleição
com uma ampla maioria de votos no caso de candidatura majoritária, ou ainda,
com uma inexpressividade no percentual dedicado aos vereadores, no tocante à eleição proporcional, sem
sombra de dúvidas, sua campanha não foi bem ou ainda, esse resultado,
cristalinamente quer dizer alguma coisa para você.
Pedro Francisco
Jornalista
1.297-RO/BR
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