MEUS MEDOS E MEUS SONHOS
Evidentemente
que todos nós temos medo. O medo está "intrínseco" em nossa vida.
Ele, o medo, sem sombra de dúvida é o elemento mais forte que nos leva ao ápice
ou à derrocada em nossas vidas. Podemos ter medo de tudo, porém, não podemos
ter medo de nada, cada um tem seu ponto de vista pessoal. O que para um é o
medo de avião, carro, multidão, trem, metrô, ônibus, enfim, para outros, isso
não passa de uma pequena bobagem.
Nessa
semana, neste período que antecede à última fase da eleição para a escolha do futuro
prefeito de Porto Velho/Rondônia, estamos assistindo "ataques" de
medos por todos os lados. De um lado, um candidato que se diz o todo
"corajoso", de outro lado, temos um candidato que se prevê contra
"possíveis" ataques de seus "algozes". No entanto, os dois
(02) candidatos são pessoas que estão em lados opostos. O todo
"corajoso", se "arvora" de fazer e acontecer, ocupou já
dois cargos distintos, um de vereador e outro, atualmente, de deputado
estadual, que ante aos olhos da população, nada de decisão "corajosa"
tomou, "amofinando-se" quando teve a oportunidade de mostrar ao que
veio, não o fez e, preferiu continuar com às velhas práticas de se fazer
política, nada de se estranhar, o mesmo vem de uma família tradicional na
política, onde sua origem tem um "status" duvidoso, sabidamente por
todos que conhecem ou acompanham a história da política de nossa cidade e
estado.
O
outro candidato, o tal "medroso", propalado pelos fãs do
"corajoso", nada tem à perder em seus medos. Saiu do nada em uma
decisão pessoal, onde uma candidata, por medo ou não, de determinada sigla
partidária, declinou de apresentar seu nome para concorrer à uma vaga para a
cadeira maior do município e, dessa forma, abriu-se uma "fenda",
dando passagem para um ilustre senhor desconhecido, empresário do ramo do
"ensino", bem sucedido, que se "atreveu" a colocar seu nome
para à avaliação da população sofrida de Porto Velho/Rondônia. Durante o pré
período eleitoral, ou seja, durante a fase de separação dos "Joios"
do "trigo", ou seja, a primeira etapa da eleição (primeiro (1º)
turno), ninguém se atentou para o "ilustre" desconhecido, até mesmo
se dirigindo a ele, com tons de "descaso".
Ao
passarmos para a fase em que realmente interessa na política, a hora de a
"onça" beber água, todos se "espantaram" e acordaram de um
pesadelo que já vinha durando "décadas" na velha política da cidade,
tal qual, também a velha prática de se fazer a "política", aquela da
compra de votos, de promessas irrealizáveis, de se utilizar de expedientes
"duvidosos" e, pior ainda, se utilizarem da saúde, do ensino, da
segurança pública, da falta de água, saneamento básico e outras necessidades da
população, para "engana-la" e, ao final, meter-lhe os pés no
"calipígio" e fazer como está fazendo o atual prefeito da capital
mais horrenda e abandonada do Brasil.
Ora,
se ter medo ou acovardar-se é dizer a verdade e não encarar
"bandidos" políticos, eu prefiro ser "covarde" vivo e ter a
oportunidade de provar mais adiante minha capacidade "geracional" e administrativa, do
que ficar me "arvorando" de corajoso e nada realizar em prol da
população. A oportunidade, o "corajoso" já teve para mostrar ao que
veio, nada realizou em benefício da cidade, das categorias que agora quer
defender, enfim, passou em brancas nuvens pela casa de leis mirim, está no
parlamento médio, quem sabe, até poderá estar no parlamento maior e outros
mais, más, no momento atual, eu fico com meus medos e meus sonhos de ter uma
cidade melhor, mais organizada, com ruas e avenidas transitáveis, com
transporte coletivo de qualidade, com água tratada e encanada, com o esgoto
encanado, não a céu aberto, quero ver o meu sonho de muitas escolas e poucas
cadeias, de muitos empregos e jovens sentindo-se valorizados e preparados para
o mercado de trabalho, fazendo o futuro da cidade e da nação, quero uma maternidade
calma, mães com pré natais em dia, sem burocracia, quero meus medos e meus
sonhos realizados, afinal, o medo, esse sim é o que nos mantém vivos e cheios
de esperança para lutarmos por dias melhores.
Pedro Francisco
Jornalista
1.297-RO/BR